quinta-feira, 16 de julho de 2009

Construindo a Escola Inclusiva

Retrospectiva da Educação no Brasil


No período do Brasil Colônia, a educação se restringia ao ensino religioso, sob a responsabilidade dos padres jesuítas, processo e situação que durou até o século XVIII, quando a Companhia de Jesus foi expulsa do país.
A primeira Constituição Brasileira, promulgada no início do século XIX, foi o primeiro documento oficial a manifestar o interesse do país pela educação de todos os cidadãos ao estabelecer a gratuidade da instrução primária. É importante lembrar, que quando o texto dizia “todos os cidadãos”, certamente não incluía a massa de trabalhadores, que constituída, em sua maioria, de escravos.
A partir de 1961, os textos legislativos tornaram-se gradativamente mais explícitos, especificamente no que se refere à educação das pessoas com deficiência. Referindo à educação desse segmento populacional como um direito, quando possível, no sistema regular de ensino. Apesar disso, era dado um apoio financeiro também as entidades privadas, incentivando o encaminhamento e a permanência de pessoas com deficiência em escolas e classes especiais, segregadas, sob o argumento da especialidade.

Paradigma da Institucionalização, década de 70

1) Princípio da Normalização
2) Paradigma de Serviços

Recomendava a prestação de serviços educacionais técnicos, especializados, com o objetivo de promover a adaptação da pessoa ao seu meio social.


Declaração de Salamanca e Programa Educação para Todos

O Programa Educação para Todos trata da garantia, para todos os cidadãos, do acesso à escolaridade, ao sabe culturalmente construído, ao processo de produção e de difusão do conhecimento e, principalmente, à sua utilização na vivência da cidadania.
Declaração de Salamanca traz as recomendações referente aos princípios, à política e à prática de reconhecimento e atenção às necessidades educacionais especiais.

Alguns pressupostos:

1) Não há diferença que faça de uma pessoa um cidadão de menor valia: todos são iguais perante a lei;
2) A pessoa com deficiência é cidadã como qualquer outra pessoa e, como tal, tem o direito de receber os serviços de que necessita, sem que, para tanto, necessite permanecer segregada;
3) Assim, tem imediatamente o direito ao acesso e à permanência no ambiente comum, independentemente do tipo de deficiência que tiver e de seu grau de comprometimento.

Compromissos práticos:

1) Identificasse a situação da pessoa com deficiência;
2) Favorecesse a conscientização dos cidadãos, de maneira geral, quanto à responsabilidade de cada um no processo de construção de uma sociedade inclusiva.
Paradigma de Suportes

Implementação de Ações Objetivas e Afirmativas no sentido de ajustar/ adaptar a sociedade, nas várias instâncias da atenção e da ação públicas, de forma que ela se torne acolhedora para todos. Para garantir que as pessoas com necessidades especiais possam acessar e participar, imediata e definitivamente, do espaço comum da vida em sociedade.

* Mas então o aluno com deficiência não mais precisa do ensino especial?
* Ele deverá então ficar na sala regular, sem atendimento especializado?
* Mas assim ele não será prejudicado?


Cada pessoa tem características que são somente suas e que, na verdade,
a diferenciam das demais.


Desfazendo alguns mitos sobre deficiência:

* O surdo é agressivo e atrapalha o andamento da aula;
* O deficiente mental não aprende e atrapalha o andamento da aula;
* O cego é meio por “fora” e “molão”, de forma que nem aproveita muito das aulas;
* A criança que tem paralisia cerebral é perigosa, agressiva, não da para conviver com outras pessoas;
* As crianças com deficiência são dependentes e incapazes de fazer qualquer coisa sozinha.

É verdade que alguns encontrarão muita dificuldade em lidar com abstrações. É verdade, também, que outros apresentarão limitações significativas no armazenamento de informações já apreendidas. É verdade, ainda, que muitos necessitarão de um acompanhamento mais individualizado que outras crianças. Mas também é verdade que muitos têm uma memória fabulosa. Que outros têm uma habilidade marcante para determinadas atividades ou tarefas. Além disso, tudo que se expôs acima seria realmente característica exclusiva do aluno portador de deficiência?
Bem, sabemos que não.


Ser educador é buscar conhecer cada vez mais cada um de seus alunos, procurando as alternativas pedagógicas que melhor possam atender às suas peculiaridades e necessidades no processo de mediação da construção do conhecimento.


Chegamos ao ponto central da construção de um sistema educacional efetivo e eficiente:

* Cada aluno tem suas necessidades educacionais;
* A identificação dessas necessidades é papel e função do professor, que deverá contar com avaliações profissionais complementares, quando necessário;
* A identificação das necessidades educacionais especiais é fundamental para nortear o planejamento do ensino!;
* Sem isso não há como efetivamente propiciar um atendimento de qualidade!
Alunos: Alexandre, Camila, Érica, Evelise e Joana. (grupo 2)
Na sua opinião, como é possível favorecer o atingimento dos objetivos da educação brasileira, na prática educacional e escolar cotidiana, num contexto de respeito às peculiaridades individuais?

3 comentários:

  1. O "ATINGIMENTO" se da a partir do momento em que a sociedade ver a educação como missão principal, onde o respeito à individualidade permite uma socialização homogênea e igualitária.
    Alunos:
    Carmem, Daiane, Paulo, Queli, Suelen.

    ResponderExcluir
  2. Só atingiremos os objetivos da educação brasileira quando desenvolvermos em nós mesmos, professores, e nos nossos alunos alguns valores como respeito, o afeto , a tolerância, a valorização das diferenças, a amizade...
    Valores essenciais para uma convivência em sociedade!
    (André, Juliete, Lúcia, Tamara e Veridiane)

    ResponderExcluir
  3. A educação deve ser vista como o eixo principal de qualquer civilização que deseja de fato ser um grupo social e culturalmente desenvolvido. O professor como mediador do conhecimento que deve ser, tem a obrigação de estimular no educando noções de respeito as diferenças, pois pessoas que saibam viver em sociedade de forma positiva, estarão bem mais aptos a ajudarem tal sociedade a evoluir.

    GRUPO: RAFAEL, MARIANGELA, PATRICIA, LAIZE, MARCOS e CLÁUDIA.

    ResponderExcluir